Bicho de estimação: é hora de ter um?

Quem nunca pensou em ter um animalzinho em casa pode se surpreender com os benefícios que eles trazem para as crianças.

Crianças mais seguras, mais responsáveis e mais afetuosas...
Quem não sonha com filhos assim? Educar essa turminha cheia de querer e poder, nos dias de hoje, não é nada fácil, mas podemos contar com um grande aliado nessa tarefa: um bicho de estimação. “A criança que convive com um animalzinho tem chance de aumentar sua inteligência emocional e até QI”, afirma Alexandre Rossi, adestrador de cães, com formação em zootecnia e mestrado em psicologia, Segundo Rossi, o bicho de estimação funciona como facilitador social para crianças tímidas ou que tendem a se isolar. “Além de equilibrar as emoções das crianças, o animal atrai pessoas que vêm conversar com seus donos, e por isso quebram a barreira da timidez”, observa o adestrador.

A medicina já descobriu que os bichos também podem ser benéficos para a saúde. É cada vez maior o número de médicos que receitam a adoção de animais para tratar casos de depressão, por exemplo. Um estudo publicado no American Journal of Cardiology mostra que pessoas que interagem com animais constantemente tendem a apresentar níveis controlados de estresse e de pressão arterial, e por conseqüência desenvolvem menos problemas cardíacos.

Se você achou interessante esta espécie de “pet terapia”, e pretende dar um bicho de estimação a seu filho, procure antes observar se sua família está preparada para adotar um novo membro. Sim, porque a primeira coisa que devemos lembrar é o que os animais são seres vivos, com necessidades naturais (fome, sede, sono), instintos e alguns demonstram até sentimentos. Por outro lado, se é seu filho quem está pedindo um bichinho, observe se o desejo é consciente ou é apenas “fogo de palha” (o coleguinha tem, a TV despertou a vontade, o passeio ao zoológico ficou na memória etc.).

O amiguinho é para sempre

A partir de 4 anos, uma criança já está preparada para ter seu próprio bicho de estimação, segundo Alexandre Rossi, mas a responsabilidade sobre ele será dos pais. Veja a seguir algumas recomendações importantes que devem ser avaliadas na hora desta decisão:

  • Pense que um animal não deverá ser devolvido quando a criança não quiser mais brincar com ele.
  • Providencie as condições necessárias ao conforto do bichinho (local para  dormir, para comer, para fazer as necessidades e brinquedos).
  • Avalie os custos do animal (alimentação, veterinário, remédios, vacinas, banho, tosa etc.), lembrando quanto tempo ele poderá viver.
  • Programe o período de férias (se viajará com a família ou ficará sob os cuidados de outra pessoa).
  • Esteja preparado para eventuais prejuízos que possam ser provocados pelo bicho (cães filhotes gostam de roer objetos).

Dicas para saber mais

Que cuidados devemos ensinar as crianças no trato com os bichinhos? As crianças têm condições de perceber que o animal está cansado e não quer mais brincar, por isso, cabe aos pais mostrar os sinais de que ele quer ficar só, está com dor, com fome ou com medo. O animal costuma ser mais dócil e obediente quando se sente respeitando e amado.

Para tanto, o ideal é que seja adestrado ou que seus donos sejam orientados a esse respeito. Procure em sua cidade algum local que seja referência em treinamento de animais, pode ser um bom auxílio para uma convivência amistosa com seu bicho de estimação.

FILHO & FUTURO

 



 
     
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